terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sobre a rejeição

É estranho. Eu sabia que ia acontecer, e mesmo assim, a minha reação não foi melhor do que poderia ser.

É estranho sim, se levar em consideração o tempo que eu tive pra me acostumar à idéia. E foi muito tempo. Pode soar um pouco piegas, e podem me chamar de " sabichão ", mas eu meio que já sabia o que ia acontecer, desde o começo. Não como declara o torcedor do time que venceu o campeonato, mas sim como declara o torcedor frustrado, o qual o time foi rebaixado pra série B.

Eu sei, vai ter quem diga que talvez tenha terminado mal por causa dessa atitude pessimista, e mesmo que esse absurdo fosse verdade, não era preciso ser nenhum visionário pra perceber a chances.

Sendo tão previsível, sabendo que essa situação já nasceu com certidão de óbito, por que a insistência?

É complicado.

Como dizem os Peppers, se você está tendo que perguntar, talvez você nunca saiba.

A verdade é que, por mais que seja clara - e especialmente quando é muito clara -, a perspectiva é muito dura. Muito crua, muito diferente do ideal. Se por um lado, tudo conspira contra, os incuráveis, como eu, sempre acham uma brechinha, uma faísca, um pedacinho mínimo de chance pra agarrar com todas as forças, e não soltar nem sob ameaça de solidão eterna.

Obviamente, não faz sentido. É como achar que porque um coreano em Seul sobreviveu à uma queda de 20m, você também poderia sobreviver. Até mesmo o fonte mais básica de conhecimento humano, o senso comum, possui bordões e ditados sobre isso, " um raio não cai duas vezes no mesmo lugar ", " não troque o certo pelo duvidoso ", coisas assim.

Apesar disso, nós não ligamos. Eu não ligo. (agora, acho que deveria, aí talvez eu não estivesse escrevendo sobre isso)

Não ligamos, porque a possibilidade de sucesso é atraente demais. Faz tudo parte da super valorização da coisa. Imagine só, conseguir o que poucos conseguiram. E olhe lá, porque ninguém pode realmente provar que esses poucos conseguiram mesmo.

O que é mesmo deprimente, é como esse otimismo forçado cega. E cega agressivamente. Na base da porrada. Em troca de uma declaração vaga que ajude a sustentar a coisa por mais algum tempo, por exemplo, o ceguinho (tipo um crack fiend emocional) vai aguentar qualquer coisa .

Ou quase qualquer coisa. Porque eventual e tragicamente, a menos que o individuo seja masoquista, ele vai se dar conta que aquilo tudo não passa de imposição de ambas as partes envolvidas (ou seja, até de si mesmo), e como uma criança que desceu pra brincar com os garotos grandes, vai sair chorando depois de uma bolada muito forte, com mais raiva de si mesmo do que dos outros, pela própria ingenuidade. No fundo, nós só queriamos brincar, e ignorando todos os avisos, saímos machucados e amargos.

E como se não bastasse, o " conselho " dos mais velhos sobre isso é de fazer marmanjo chorar batendo o pé no chão. " Don't grow bitter ". Parece até piada, mas se você ainda está rindo, tenha medo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mais um post randômico

Rapidamente, vou falar de coisas que talvez eu me aprofunde mais tarde.

Cabou a lenha?

Em 10 anos de jogatina aconteceu algo inédito comigo no fim do mês passado. Tive uma conta roubada.

Sim meus amigos, como gostam de dizer aqueles muleques chatos de lan house: eu fui hackeado.

No dia 28 recebi dois emails faceiros, do suporte da Steam me avisando que o email e a senha da minha conta foram alterados com sucesso. Hã?

Como desgraça isso se deu, eu não sei, mas, do alto de minha gabolice, eu desconfio que a culpa não é minha. Acho mais fácil ter um leak na database da Steam, e graças ao Google eu fundamentei essa suspeita. Não é a primeira vez que isso acontece.

Se você entendeu a piada do " cabou a lenha ", se mate. Agora.




Vou de Sunga Sex Magik!

Não, eu não vou não. Esse é o nome da banda cover formada por Thiago " Cabelinho " (baixo), Adam (guitarra), Paulo (bateria) e eu (vocal). Red Hot Chili Peppers! Concorremos no último dia 6 à duas vagas na final e mais duas na semi do COVERAMA . E... passamos pra final! Depois eu posto videos e fotos aqui.


Xenogears!

Estive jogando, enquanto meu PC renascia das cinzas e... só isso mesmo teria me feito chegar tão longe nesta desgraça. Vinte horas de jogo, e até o presente momento eu acredito que esses são os piores diálogos que eu já vi num jogo da Square. Talvez seja porque eu fui esperando algo do nivel de Front Mission.

Bom, nem tudo é ruim. O sistema de batalha é razoável, mas os mechs esquisitos ("gears") foram um grande let down.

Temos o brilhante Yasunori Mitsuda no comando das composições do jogo, e aqui eu senti que ele não veio tão ofuscante quanto em outras oportunidades. Também pudera, Chrono Trigger e Chrono Cross não dão colher de chá.

O roteiro é de Masato Kato... e eu não consigo acreditar. O background é interessantíssimo, os eventos fazem sentido, mas eu não entendo como o desenvolvimento pode ser tão pobre. Pra mim, o roteiro foi muito mal amarrado.

Mas ei, foi um jogo premiado na época de seu lançamento, então talvez eu seja maluco.

Vou fazer um esforço pra ver se termino ele, e faço uma crítica completa aqui.


Team Fortress 2!

O Scout está um lixo. Soldiers e Demomans ownando geral. Engineers já não sabem mais o que fazer.

Vai lá Valve. Quero ver o que vocês vão fazer sobre isso.